quinta-feira, 27 de março de 2014

Colunista comenta: Incêndios Florestais - A destruição da Flora e Fauna do Brasil

Por Denis Aparecido Valério

Foto: Denis Aparecido Valério
Quando os Portugueses em suas “Naus” (Santa Maria, Pitta e Nina) avistaram a costa Brasileira pela primeira vez com seus 3.500 quilômetros de Mata Atlântica de extensão contínua nos idos de 1500, o Senhor Pero Vaz de Caminha relatou a Corte Portuguesa em seus inscritos da época: “O arvoredo é tanto e de tanta qualidade que não se pode contar.”
Nessa exuberância os colonizadores passaram de admiradores para destruidores insaciáveis,
A “volúpia destrutiva” se deu através do corte interminável e incessante da arvore símbolo do Brasil o “Pau Brasil” (Caesalpinia echinata) e do Palmito (Pupunha – Euterpe edulis) que servia de alimento farto para a tripulação a dita comida de bordo.
Voltando a nossa realidade atual, contabilizamos grandes perdas de florestas em todos nossos estados, vamos destacar alguns:
No Nordeste graças à ação predatória do colonizador a floresta sumiu.
No Estado de São Paulo, que até 1930 existia mais de 20 milhões de hectares florestados, hoje, conforme técnicos da Secretária da Agricultura de São Paulo e hoje o INCRA gerencia um conflito entre os Sem terra e os Fazendeiros de terras improdutivas que outrora era fazenda na região do Paranapanema que de forma cruel foi transformado em áreas de pastagens para o gado.
No Rio Grande do Sul as florestas que antes eram 39,70% contam com pouco menos de 2,33% de vegetação territorial.
No Estado do Rio de Janeiro o que originalmente era 97% de cobertura vegetal na sua extensão, atualmente caiu para 20%, e o desmatamento continua.
No Norte do Brasil, na chamada Amazônia Legal o desmatamento, os processos de extração dos recursos naturais, as queimadas e criação de pastos de extensões gigantescas consomem de forma irreparável esta floresta sem falar na ganância do “Dolarismo” e da “Burrice Humana” as clareiras vão surgindo onde outrora era mata fechada.
Segundo o “Fórum Internacional da Amazônia” na biodiversidade da floresta são encontradas mais de 20 mil tipos de aves, milhares de insetos, 30 mil variedades de peixes e mais de 60 mil árvores de várias espécies.
Em Minas Gerais os 61,70% de Mata que existia se transformou em 1,5% sendo que o desmatamento desenfreado no Estado já consumiu com as matas de cabeceiras e mais de 550 rios sumiram e secaram devido a está ação, sem falar que o Rio das Velhas está em decadência, o Rio São Francisco está agonizando, só não secou completamente por causa da Represa de “Três Marias”.
Hoje o maior problema que nossas matas agonizantes enfrentam são as queimadas, ou incêndios florestais, sejam para a criação de pastos, condomínios, empresas ou incêndios criminosos pelo simples ato de destruir e poluir, já que as queimadas matam animais diversos, poluem e secam rios, destroem toda vegetação, causa o empobrecimento do solo e pode queimar residências e produzir grande quantidade de fumaça, diminuindo a qualidade dor ar, propiciando o aparecimento de doenças respiratórias e o aquecimento global.
Então vamos às dicas de Prevenção e Combate Contra Incêndios Florestais:
- Queimada sem autorização do IEF é crime. (Instituto Estadual de Florestas)
- Não jogue ponta de cigarro na beira da estrada, jogue-as apagadas no cinzeiro.
- Tome cuidado com resto de fogueira, apague-as bem antes de deixar o local e jogue terra.
- Não deixe vela acessa próximo á área verde ou dentro de casa se for dormir.
- Não queime lixo, junte as folhas secas e lixo em sacolas separadas para serem recolhidas.
- Não faça queimadas sem autorização e denuncie qualquer ação suspeita: 0800 283 23 23.
- O fogo e o vento podem ser traiçoeiros, nunca confie que você tem o controle sobre eles.
- Tendo autorização do IEF, limpe uma área ao redor do local aonde vai colocar fogo (Aceiro).
Membro da Brigada Civil de Emergências combatendo incêndio
 Como Combater:
- Chame o Corpo de Bombeiros Militar Pelo telefone 193 o mais rápido possível.





Por Denis Aparecido Valerio,
Ambientalista – Escritor
Presidente da ONG: Brigada Civil de Emergência de Pedro Leopoldo.
Brigadista Voluntário de Combate a Incêndios Florestais- IEF-MG.
Integrante Voluntário da Defesa Civil de PL-MG.
Conselheiro do SCBH- Ribeirão da Mata.
Estudante de Ciências Biológicas – UNA
Estagiário de campo – ICB/UFMG

quinta-feira, 6 de março de 2014

Colunista comenta: Como acontece a erosão?

Por Denis Aparecido Valério,


Primeiramente vamos entender o que é Erosão.
Erosão: Geologicamente, a erosão é a ação dos agentes externos (água, vento, gelo) sobre as rochas da superfície terrestre, causando o desgaste físico, seguido pela remoção e transporte do material desprendido.
A ação contínua destes agentes erosivos provoca mudanças no solo, e contribuem para a formação das montanhas e vales.
A erosão marítima é causada pelas ondas do mar e é responsável pelo contorno das costas, enquanto a erosão no interior do continente é feita pela ação dos rios, chuvas, geadas, vento, neve, e a cinco mil anos atrás com o avanço da agricultura o planeta sofre com a erosão acelerada dos solos por causa desta pratica e se tornou um grande problema ambiental na atualidade.
O oxigênio e o anidrido carbônico também provocam a erosão química.
No Brasil os problemas de erosão no solo, geralmente são uma combinação do rápido desenvolvimento, solos frágeis e o nosso regime climático que castiga o solo de forma imperdoável, e em nosso território grande áreas estão sendo identificadas com solos bastante degradados.
O maior desafio é compreender todos os processos responsáveis pela erosão, e identificar que esses processos não são apenas de origem física, mas também de motivos socioeconômicos.
Os solos erodem não apenas por causa das chuvas fortes, mas porque sofreram queimadas e desmatamentos e foram cultivados de maneira incorreta.

Porque nossa sociedade acha necessário desmatar o solo, se quase inevitavelmente a erosão irá acontecer?
Seria a resposta à pobreza, a falta de acesso a terras produtivas e aráveis?
Ou a falta de políticas de incentivos para a conservação do solo para os grandes proprietários, incentivadas pelo Governo e que beneficiem e incluam os pequenos produtores.
Nosso país possui clima tropical e a maior parte das terras disponíveis para a expansão da agricultura possui solo frágil e fraco ou pobre quimicamente, e demanda de cuidados quanto ao manejo, e desagregar a atividade agrícola do desmatamento de áreas incompatíveis para esta atividade o que tem gerado ao longo dos anos prejuízos ambientais e econômicos.
Numa escala maior e mais ampla temos que inserir nos novos e atuais projetos de expansão populacional e industrial, um planejamento que utilizem técnicas preventivas para o uso da terra em uma Bacia Hidrográfica, evitando ou minimizando a formação de ravinas, que através da sua evolução, se transforma em voçorocas, que podem evoluir e criar redes de canais de drenagem.
Dada a importância para o estudo de ravinas, pois é o primeiro estágio de um processo erosivo mais violento.
E a educação ambiental para a população, mostrando a importância da cobertura vegetal do solo, que serve para quebrar a força do pingo da chuva que não vai atingir diretamente o solo, e essa mesma vegetação diminui a velocidade que esses pingos percorrem o solo, evitando a retirada de matéria orgânica, e auxilia na infiltração através de suas raízes que formam dutos captadores de água aumentando assim a quantidade do reservatório subterrâneo, ou alimentando o lençol freático.

Por Denis Aparecido Valério,                                                                                                        
Ambientalista – Escritor
Presidente da ONG: Brigada Civil de Emergência de Pedro Leopoldo.
Brigadista Voluntário de Combate a Incêndios Florestais- IEF-MG.
Integrante Voluntário da Defesa Civil de PL-MG.
Conselheiro do SCBH- Ribeirão da Mata.
Estudante de Ciências Biológicas – UNA
Estagiário/Pesquisador de Campo de Parasitologia – ICB/UFMG