Por Denis Aparecido Valério
Foto: Denis Aparecido Valério
Quando os Portugueses em suas “Naus” (Santa Maria, Pitta e Nina) avistaram a costa Brasileira pela primeira vez com seus 3.500 quilômetros de Mata Atlântica de extensão contínua nos idos de 1500, o Senhor Pero Vaz de Caminha relatou a Corte Portuguesa em seus inscritos da época: “O arvoredo é tanto e de tanta qualidade que não se pode contar.”
Nessa exuberância os colonizadores passaram de admiradores para destruidores insaciáveis,
A “volúpia destrutiva” se deu através do corte interminável e incessante da arvore símbolo do Brasil o “Pau Brasil” (Caesalpinia echinata) e do Palmito (Pupunha – Euterpe edulis) que servia de alimento farto para a tripulação a dita comida de bordo.
Voltando a nossa realidade atual, contabilizamos grandes perdas de florestas em todos nossos estados, vamos destacar alguns:
No Nordeste graças à ação predatória do colonizador a floresta sumiu.
No Estado de São Paulo, que até 1930 existia mais de 20 milhões de hectares florestados, hoje, conforme técnicos da Secretária da Agricultura de São Paulo e hoje o INCRA gerencia um conflito entre os Sem terra e os Fazendeiros de terras improdutivas que outrora era fazenda na região do Paranapanema que de forma cruel foi transformado em áreas de pastagens para o gado.
No Rio Grande do Sul as florestas que antes eram 39,70% contam com pouco menos de 2,33% de vegetação territorial.
No Estado do Rio de Janeiro o que originalmente era 97% de cobertura vegetal na sua extensão, atualmente caiu para 20%, e o desmatamento continua.
No Norte do Brasil, na chamada Amazônia Legal o desmatamento, os processos de extração dos recursos naturais, as queimadas e criação de pastos de extensões gigantescas consomem de forma irreparável esta floresta sem falar na ganância do “Dolarismo” e da “Burrice Humana” as clareiras vão surgindo onde outrora era mata fechada.
Segundo o “Fórum Internacional da Amazônia” na biodiversidade da floresta são encontradas mais de 20 mil tipos de aves, milhares de insetos, 30 mil variedades de peixes e mais de 60 mil árvores de várias espécies.
Em Minas Gerais os 61,70% de Mata que existia se transformou em 1,5% sendo que o desmatamento desenfreado no Estado já consumiu com as matas de cabeceiras e mais de 550 rios sumiram e secaram devido a está ação, sem falar que o Rio das Velhas está em decadência, o Rio São Francisco está agonizando, só não secou completamente por causa da Represa de “Três Marias”.
Hoje o maior problema que nossas matas agonizantes enfrentam são as queimadas, ou incêndios florestais, sejam para a criação de pastos, condomínios, empresas ou incêndios criminosos pelo simples ato de destruir e poluir, já que as queimadas matam animais diversos, poluem e secam rios, destroem toda vegetação, causa o empobrecimento do solo e pode queimar residências e produzir grande quantidade de fumaça, diminuindo a qualidade dor ar, propiciando o aparecimento de doenças respiratórias e o aquecimento global.
Então vamos às dicas de Prevenção e Combate Contra Incêndios Florestais:
- Queimada sem autorização do IEF é crime. (Instituto Estadual de Florestas)
- Não jogue ponta de cigarro na beira da estrada, jogue-as apagadas no cinzeiro.
- Tome cuidado com resto de fogueira, apague-as bem antes de deixar o local e jogue terra.
- Não deixe vela acessa próximo á área verde ou dentro de casa se for dormir.
- Não queime lixo, junte as folhas secas e lixo em sacolas separadas para serem recolhidas.
- Não faça queimadas sem autorização e denuncie qualquer ação suspeita: 0800 283 23 23.
- O fogo e o vento podem ser traiçoeiros, nunca confie que você tem o controle sobre eles.
- Tendo autorização do IEF, limpe uma área ao redor do local aonde vai colocar fogo (Aceiro).
Membro da Brigada Civil de Emergências combatendo incêndio
Como Combater:- Chame o Corpo de Bombeiros Militar Pelo telefone 193 o mais rápido possível.
Por Denis Aparecido Valerio,
Ambientalista – Escritor
Presidente da ONG: Brigada Civil de Emergência de Pedro Leopoldo.
Brigadista Voluntário de Combate a Incêndios Florestais- IEF-MG.
Integrante Voluntário da Defesa Civil de PL-MG.
Conselheiro do SCBH- Ribeirão da Mata.
Estudante de Ciências Biológicas – UNA
Estagiário de campo – ICB/UFMG
Brigadista Voluntário de Combate a Incêndios Florestais- IEF-MG.
Integrante Voluntário da Defesa Civil de PL-MG.
Conselheiro do SCBH- Ribeirão da Mata.
Estudante de Ciências Biológicas – UNA
Estagiário de campo – ICB/UFMG
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